Eliana Alaby - psicologiasaudenarede@gmail.com
No início da humanidade, a dança era considerada uma das primeiras manifestações artísticas de conexão entre o Homem, o Cosmos, os Deuses e as Divindades.
Sempre foi uma forma de expressão, através de movimentos do corpo organizados em sequências significativas para a existência. Em todas as épocas, os rituais de comunidades em todas as épocas.
O círculo enquanto símbolo universal, tinha como centro, o fogo ou objetos sagrados como talismãs e flores, representando o espaço da comunidade para celebrar rituais de passagem (nascimento, casamento, morte e outros momentos importantes).
A dança circular é o desdobramento de uma arte muito antiga e durante anos permitiu que pessoas de diferentes culturas se expressassem através dos movimentos dançantes. Os participantes dão as mãos em um círculo e repetem o padrão de passos num ritmo coreografado pela música; o repertório é vastíssimo, desde danças tradicionais de diferentes países e culturas, até danças contemporâneas.
O movimento das danças circulares, surgiu na Comunidade de Findhorn (Reino Unido), em 1976, através do trabalho pioneiro e inovador do alemão Bernhard Wosien, professor de balé, coreógrafo pedagogo, artista plástico e pesquisador das danças folclóricas-tradicionais.
Um dos benefícios das danças circulares, é a alegria de poder dançar sem ser um exímio dançarino. O professor ao explicar os passos, diz que o importante não é a preocupação com a técnica, e sim com a escuta e o pulsar da música que nos conduzem a percepção dos movimentos, a concentração, ao centramento e ao estímulo do processamento auditivo e cognitivo, trabalhando a lateralidade (direita, esquerda, frente e atrás).
A dança circular é para todos!
Veja que esta técnica é um dos pilares da inclusão e a necessidade de se sentir e conhecer a si e aos outros.