Por Vera Marini / 12.02.2021 / psicologiasaudenarede@gmail.com
Ao longo destes meses de pandemia, pesquisadores vem estudando a qualidade do sono em pessoas de diversos países.
Importante referir que os indivíduos estudados estavam relativamente tranquilos com relação a vida profissional e renda familiar, por não terem sido afetados, de modo significativo, pelo fechamento das atividades presenciais.
Esses pesquisadores, em medicina do sono, constataram que no início do período pandêmico houve uma melhora na qualidade do sono das pessoas estudadas. Com o passar do tempo e o isolamento social, o que antes parecia estar sendo positivo, demonstrou uma outra realidade. As pessoas, sujeitos das pesquisas, passaram a apresentar dificuldades em conciliar o sono e algumas delas precisaram fazer uso de suporte medicamentoso para dormir.
As dificuldades do sono são prejudiciais para a saúde física, mental e emocional, impactando principalmente a imunidade.
O Dr. David Gozal, médico pneumologista pediátrico e especialista em medicina do sono da University of Missouri nos EUA, disse que a pandemia vem demonstrando efeitos paradoxais nos padrões do sono de muitas pessoas.
Indivíduos que tiveram Covid-19 aguda e até mesmo aqueles que ficaram praticamente assintomáticos, se queixavam de sonolência excessiva, alguns, após estarem recuperados, apresentaram problemas para conciliar o sono.
Pessoas que anteriormente não faziam uso de medicamento para dormir, passaram a usá-lo e outras que já faziam uso dos mesmos, disseram ter aumentado o consumo.
A ingestão de medicamentos de venda livre, como no caso da melatonina, pode piorar o distúrbio do sono, além de mascarar algumas doenças não diagnosticadas segundo o Dr. Kannan Ramar, médico intensivista, pneumologista, especialista em medicina do sono na Mayo Clinic, presidente da American Academy of Sleep Medicine nos EUA.
Problemas do sono podem ter diversas origens a exemplo de fatores psicológicos, preocupação financeira ou com a saúde. Além disso, os pesquisadores estão estudando a possibilidade de o vírus atingir regiões cerebrais que controlam o sono, promovendo alterações metabólicas nas células infectadas e nas adjacentes, no entanto isso não é comum e precisa ser melhor investigado.
Alguns medicamentos podem provocar dependência e a automedicação põe em risco o agravamento de uma possível situação física existente.
As medicinas biológico naturistas indicam técnicas de diminuição de estresse, como relaxamento, administração dos hábitos de vida, meditação guiada, Chi Kung, psicoterapia e acupuntura, que podem auxiliar na resolução desse problema, sem custos exorbitantes e efeitos colaterais.
A acupuntura, o Chi Kung e a psicoterapia são excelentes coadjuvantes no tratamento de distúrbios do sono bem como outras enfermidades por auxiliarem na aquisição do equilíbrio físico-mental-emocional e metabólico.
Eis a seguir, algumas orientações que podem ajudar a todos nós, tenhamos ou não dificuldades para conciliar o sono:
● Manter horários regulares para dormir e acordar;
● Preservar-se de notícias estressantes no período de recuperação;
● Diminuir o consumo de estimulantes como cafés, refrigerantes a base de cola, álcool ou chás que contenham canela e gengibre;
● Evitar o uso de celulares ou tablets perto da hora de dormir e principalmente na cama;
● Praticar exercícios físicos observando a frequência e intensidade;
● Alimentar-se com regularidade.
Este artigo é um breve resumo de matéria publicada no Medscape https://portugues.medscape.com/
Referência Bibliográfica
Osterweil, Neil. Coronasomnia: insônia incontrolável e automedicada preocupa os especialistas em medicina do sono. Disponível em: https://portugues.medscape.com/verartigo/6505923?src=WNL_ptmdpls_210208_mscpedit_gen&uac=344910BG&impID=3178960&faf=1
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