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Para o novo ano que começa

Atualizado: 15 de fev. de 2021

Por Vera Marini /19/01/2021 / psicologiasaudenarede@gmail.com


O ano de 2020 foi marcado pela crise sanitária global da Covid-19 e sabemos que ela não terminará tão cedo, mesmo com o advento das vacinas, então como lidar com as repercussões sociais, econômicas, políticas, sanitárias e pessoais em 2021? Deveremos ser ingenuamente otimistas ou duramente realistas?


O filósofo Alexander Batthyány diz que para momentos de extrema crise como a que estamos passando, “é necessário ser realista e aceitar o que está acontecendo, mas ao mesmo tempo reconhecer que somos nós que decidimos como reagir aos fatos”.


Diante deste cenário pandêmico, reconhecer esta realidade, incita-nos à reflexão sobre o que, quando e como podemos mudar, porque apesar das restrições impostas a nossa liberdade de ir e vir, somos livres para tomar essa decisão.


Será que quando tudo isso passar, vamos poder dizer que fizemos o melhor de nós mesmos, cuidando da nossa saúde e da saúde das outras pessoas? Investimos mais atenção e cuidado aos nossos relacionamentos, sejam eles familiares ou não?Organizamos melhor a vida através da realização de algum curso útil ao nosso desenvolvimento, por exemplo?


Se a resposta a essas questões for positiva, então estaremos saindo dessa condição mais fortalecidos para a vida, estaremos mais resilientes.


Caso a resposta seja negativa, penso ser importante refletirmos que a vida acontece dia após dia, o que significa que, mesmo isolados em nossas casas e com a sensação de que o tempo está passando e estamos perdendo oportunidades, isso é ilusório. A vida está acontecendo e por esse motivo deve ser estruturada conforme esses acontecimentos.


Se o que temos para o momento é o agora, que tal tentar realizar atividades de modo prazeroso, fazendo melhor do que temos feito até então, exercitando a gentileza conosco mesmo e com os outros. Todos nós sempre precisamos e precisaremos de gentileza, mesmo quando este momento se for, porque sofremos de alguma forma e alguns de nós mais do que outros.


Sendo assim, apesar de estarmos fisicamente presos, limitados em nossa liberdade de ir e vir, ainda continuamos com imensa liberdade, essa liberdade mental que nos possibilita decidir como iremos pensar, sentir e agir em nossos dias.

Mas esta é uma decisão individual, intransferível e dependente da força de vontade e visão de mundo de cada um de nós.


Referência bibliográfica

BATTHYÁNY, A. Otimismo trágico, a ferramenta psicológica criada para tempos difíceis. Disponível em: https://brasil.elpais.com/cultura/2020-12-30/otimismo-tragico-a-ferramenta-psicologica-criada-para-tempos-dificeis.html



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